Separados pelo Atlântico, gêmeos fazem sucesso e ficam perto do profissional

Apesar da distância entre Goiás e Ucrânia, os irmãos Victor e Igor César, de 20 anos, compartilham o mesmo objetivo. Aos 20 anos, eles estão próximos de deixar a base e alçar voos mais altos na carreira. Igor deve ser promovido ao time sub-23 do Goiás. Já Victor mira a equipe profissional do ALexandria.

Os irmãos começaram no futebol de salão do Madureira aos dez anos de idade por indicação do Professor Phillipe Leal. Anos depois, eles seguiram o caminho do futebol de campo, onde começaram no Fluminense e chegaram ao Vasco sob comando do Professor Ricardo Lopes.

Foi no Cruz-Maltino que a dupla se separou definitivamente. Após um ano no clube, Igor foi para o Boavista, onde deslanchou sua carreira antes de ser adquirido pelo Goiás. Já Victor ficou no clube até 2017, quando teve uma curta passagem pelo Botafogo e recebeu uma oportunidade na Ucrânia.

Mas os anos juntos renderam muitos momentos especiais – e algumas confusões também. Os irmãos contam que seus companheiros normalmente os chamavam pelo mesmo nome, tamanha semelhança entre eles. Igor conta que eles já tentaram se aproveitar e confundir os adversários em campo.

“Tínhamos mania de comprar meião e chuteira iguais. Quando jogávamos campeonatos amadores, trocamos de lugar. Precisávamos de um atacante, eu era zagueiro, aó ele foi para o meu lugar.”, relatou.

Os dois tiveram dificuldades na base do Vasco. Igor ficou desanimado após deixar o clube, mas o apoio e insistência de sua família o ajudaram a chegar ao Boavista, onde ele fez parte do elenco profissional campeão da Taça Rio 2017. No ano seguinte, eo volante recebeu uma oferta do Goiás, onde mais conquistas vieram pela equipe sub-20. O jovem foi campeão goiano sub-20 de 2019 e bicampeão da Copa Goiás da categoria.

O volante, que se inspira em Paul Pogba, demonstrou expectativa pela possível chegada ao time sub-23. “A expectativa na volta da quarentena são as melhores possíveis. Será um novo desafio na minha carreira, espero voltar e dar o melhor de mim para logo em seguida ir ao elenco profissional”, disse.

Já Victor permaneceu no Vasco após a saída do seu irmão, mesmo com poucas oportunidades. Depois de se encaixar na equipe sub-15 com o apoio do Professor Mário Jorge e da rápida passagem pelo Botafogo, a oportunidade de jogar na Ucrânia não foi desperdiçada. A adaptação não foi fácil, segundo ele. mas após dois anos no Alexandria, o atacante aprendeu a se virar.

“Ficar longe de casa nunca é fácil. Lá, tudo é muito diferente. A língua, o frio, o posicionamento, o tipo de tática que o treinador pede. O futebol não é tão técnico, mas sim de força”, conta Victor, que aprendeu a se comunicar através de gestos com os companheiros para facilitar a comunicação.

Victor e Igor passam o período de quarentena no Rio de Janeiro, onde fazem treinos diários e seguem a rotina passada por clubes e preparadores. Apesar da distância dos seus clubes, ambos têm o mesmo objetivo: se tornarem profissionais e retribuírem a ajuda que receberam de familiares e amigos na busca pelo sonho de ser jogador de futebol.

Veja alguns lances de Victor César

Veja alguns lances de Igor César

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