Federação dos EUA proíbe cabeceio no futebol para crianças de até dez anos

A Federação de Futebol dos Estados Unidos (US Soccer) comunicou, na última semana, que o cabeceio está proibido em treinos e jogos de crianças com até dez anos de idade. A decisão foi tomada no ano passado, após um grupo de pais e jogadores entrar na Justiça contra a FIFA e a federação estadunidense.

Segundo o diretor de futebol do Orlando Yellow Birds, time de base americano, Eduardo Morato, a proibição foi acatada devido a um fato isolado. “Um filho de alguém do grupo teve um problema. Eles tomaram essa decisão por um caso isolado, que na minha opinião, é equivocada. É um fundamento do esporte, onde o problema da concussão é bater cabeça com cabeça e não a bola com a cabeça. Até porque a bola é adaptada pela idade”, disse segundo matéria publicada pelo Globoesporte.com.

Já as crianças que possuem de 11 a 13 anos podem usar o recurso, mas com frequência moderada. Isso acontece porque o risco de concussões cerebrais é um tema que vem sendo bastante debatido no país em função do alto número de lesões ocorridas no futebol americano. Além disso, um estudo realizado pela Universidade de Denver entre os anos de 2005 e 2014, constatou que a proibição das cabeçadas diminui o risco de traumas no crânio.

Ainda de acordo com Eduardo, a decisão não foi baseada somente no ato desportivo. Para ele, existe um cunho político forte, principalmente pelo fato de os EUA serem um país com muitos esportes de sucesso.

“Aqui tem uma diferença grande com relação ao do Brasil. Os Estados Unidos tem vários esportes. A cultura deles acaba influenciando no futebol também. O Futebol Americano tem um grave problema. Lá , várias crianças são machucadas com esse tipo de lesão, isso influenciou a US Soccer a tomar essa medida”, finalizou.

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