Conheça o trabalho interligado dos preparadores físicos da base celeste

Na base cinco estrelas, a formação de jogadores é representada em quatro categorias. Tal subdivisão, porém, é entendida, de forma mais completa, pelos profissionais cruzeirenses sob o conceito de “etapa”. E é pensando desta maneira que os preparadores físicos da Toca I desenvolveram um trabalho integrado, visando um desenvolvimento continuado dos atletas.

“Buscamos construir a base para a carreira do jogador. Não estamos pensando num ano, mas num planejamento plurianual. É um processo que, a cada categoria, vai condicionando, dando lastro físico para que o atleta chegue ao sub-20 para encarar uma carga física bastante semelhante ao profissional”, salientou Leonardo Almeida, preparador físico do júnior.

O processo de maturação começa no sub-14, sob os cuidados do preparador físico Rafael Calado, que destaca os principais trabalhos voltados para estes atletas, garantindo todo o cuidado para o desenvolvimento correto de cada um deles.

“Durante a de captação, os principais aspectos a serem avaliados são os conteúdos técnicos de cada atleta. Inseridos no Clube, cabe ao preparador físico identificar e aplicar de forma coerente as principais valências físicas a serem evoluídas. Alguns conteúdos básicos, como coordenação motora, condicionamento aeróbio e flexibilidade, dentre outras capacidades, são fundamentais para atletas desta categoria”, destacou Calado.

Rafael Calado em palestra para os jogadores do sub-14 (Arquivo Pessoal)

De maneira complementar ao sub-14, o preparador físico do sub-15, Rodrigo Saar busca condicionar seus atletas visando a ascensão dos mesmos para o juvenil. Atento à necessidade de um trabalho cada vez mais individualizado, Saar ressalta a integração de todas as categorias com o departamento de fisiologia, liderado por Tane Kanope.

“Estamos sempre antenados com as orientações da fisiologia, que nos dá um bom norte para começar os trabalhos. Com estes dados e junto com a comissão técnica, buscamos fazer com que o atleta do infantil esteja apto a receber a carga de treinamento do sub-17, assim como ocorre na transição do sub-14 para o sub-15”, afirmou.

“No infantil, procuramos fornecer conteúdos de coordenação, introduzindo também exercícios com pesos na academia. No sub-15, temos uma diferença muito grande entre a idade cronológica e a biológica do atleta. Temos que ter este cuidado para não coloca-los no mesmo cesto. Assim, individualizamos os treinos”, acrescenta Saar que, assim como Tane Kanope, atualmente representa o Brasil no Sul-Americano Sub-17.

Saar atualmente está com a Seleção no Sul-Americano Sub-17 (Gregório Fernandes/CBF

Responsável pela preparação física do juvenil, Marcelo Medina divide as suas atenções entre o sub-16 e sub-17, o que exige trabalhos diferenciados e progressivos. O preparador celeste ainda ressalta outra questão importante em atletas desta faixa etária: o famigerado “estirão”.

“No Sub-17, a gente se aproxima mais do júnior e profissional, com trabalhos de força rápida, força máxima. No Sub-16, no primeiro semestre, buscamos trabalhos de resistência e força, já que se trata de uma transição do sub-15 para o sub-16. Já no segundo semestre, focamos nos trabalhos de força, aproximando do Sub-17, júnior e profissional”, esclareceu.

“Ainda encontramos atletas do sub-16 com uma maturação tardia, que ainda estão passando pelo estirão, mas a maioria do grupo já passou. Aí, os atletas vão entrar na maturação de força, já que eles começam a mudar a composição hormonal. Assim, terão ganhos maiores de força, de hipertrofia, de massa para as categorias seguintes”, completou.

Marcelo Medina é o preparador físico responsáveis pelas categorias sub-16 e sub-17 (Cruzeiro/Divulgação)

No sub-20, os atletas recebem uma carga de treinos semelhante ao profissional, preconizando um trabalho homogêneo e cuidadoso, conforme aponta o preparador físico Leonardo Almeida.

“O Sub-20 tem enfoque na transição para o profissional e, por isso, a preparação física é muito semelhante. Os calendários também são parecidos. O trabalho é gradativo, já que temos o cuidado de não perder atletas por lesão.  Como no profissional, o atleta não tem que ser o mais rápido, nem o mais forte ou mais resistente. Tem que ser rápido, forte e resistente. Trabalhamos estas valências para o atleta estar em um bom nível em todas elas”, encerrou.

Léo Almeida aproxima trabalhos do sub-20 com as realizadas no profissional (Cruzeiro/Divulgação)

Com informações de cruzeiro.com.br

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