Com “estilo europeu”, Lucas Collins leva inspiração no nome e família como base

A carreira de um jogador de 17 anos pode parecer apenas no início, mas para alguns jovens, o caminho até então já foi longo e vitorioso. Esse é o caso de Lucas Collins, zagueiro nascido em 2005. A promessa do CRB acumula títulos e um estilo de jogo que pode render muito sucesso no futuro.

Lucas Collins defenderá o sub-20 do CRB em 2023. Foto: Reprodução/ Instagram

Cria do Salvador Lyra, em Maceió, ele saiu da capital alagoana para fazer seu nome e voltou cheio de conquistas. Tudo começou aos sete anos de idade, quando o jovem defendeu a escolinha do Corinthians na cidade. Desde os tempos de Colégio Atheneu, o garoto já chamava a atenção, como relata Jean Alex, professor de futsal na infância. em conversa exclusiva com o DaBase.com.br.

“O Lucas era uma criança que tinha muita habilidade, conduzia muito bem a bola, era preciso nos passes e chutes, sempre se destacando dos demais meninos da idade dele”, disse.

Com apenas doze anos de idade, ele trocou Alagoas por Pernambuco, onde passou quatro anos da sua carreira acumulando taças e experiências. Foram duas temporadas no Sport e outras duas no Retrô, nos quais vieram os títulos da Copa Pernambuco, pelo Rubro-Negro, do Pernambucano Sub-15 e da Aldeia Internacional Cup, ambos pela Fênix, além de um vice-campeonato de cada torneio.

No Recife, ele também descobriu novas possibilidades para demonstrar seu talento. Auxiliar do Retrô na categoria sub-15 à época, João Lima conversou com o DaBase.com.br e contou como o volante Lucas virou o zagueiro Lucas.

“Quando cheguei ao clube, o Lucas jogava de primeiro volante, o que nós chamamos de homem de contenção da defesa, um pouco a frente dos zagueiros. Aos poucos, mesmo ele não estando entre os titulares nessa época, comecei a observar suas características com mais atenção quando ainda jogava no meio de campo. Sua altura e posicionamento foram pontos chave para orientá-lo que estava na posição errada” – João Lima.

“Suas características, como homem de marcação, impulsão e velocidade me fizeram tentar trocá-lo de posição. E logo que conversamos, ele topou a orientação e falei que iríamos começar vários treinamentos específicos dentro da posição de zagueiro, onde hoje tenho muito orgulho de o vê-lo jogar”, completou o profissional.

Volante virou zagueiro na base do Retrô. Foto: Reprodução/ Instagram

Jean Alex também destacou as qualidades do garoto. “As principais características do Lucas dentro de campo são a visão de jogo que ele tem, a calma para sair jogando, sabe ser firme na jogada quando tem que ser, tem uma estatura muito boa para um zagueiro, continua habilidoso como sempre foi e é muito focado no que faz. Fora de campo é um excelente garoto, muito família e parceiro”, disse.

Percalços e ascensão 

Mas sua caminhada rumo ao sucesso também teve obstáculos. Após um dos melhores momentos de sua carreira, Lucas trocou o Retrô pelo Vitória, onde passou pouco tempo. De Salvador, ele partiu rumo a outra região e voltou a viver momentos especiais, desta vez pelo Castanhal.

No Pará, o jovem foi convocado para disputar a Copa São Paulo de 2022 com apenas 16 anos, chegando à segunda fase. Com experiência em outros torneios da categoria sub-20 e bagagem cheia, o próximo destino só poderia ser sua casa, Maceió, onde reforçou o CRB para levar mais um título: o Alagoano Sub-17.

Em papo exclusivo com o DaBase.com.br, Collins mirou um 2023 ainda melhor com a camisa do Galo Praiano. “Tenho as melhores expectativas possíveis para este ano, quero continuar em constante evolução, conquistar títulos e assinar meu primeiro contrato profissional”, pontuou.

Apesar de alagoano de nascimento, Lucas John Collins tem um pouco do sangue e do nome canadense, vindo do seu avô, grande incentivador da sua carreira. Dentro de campo, seus sonhos e sua inspiração estão ligadas diretamente à trajetória: Thiago Silva, Europa e família.

“Minha inspiração no futebol é o Thiago Silva, admiro muito o atleta que ele é, sua disciplina e seu caráter, acompanho os jogos dele desde pequeno. Meu sonho é dar condições melhores para a minha família, me tornar profissional no esporte que eu amo, ter uma vida estabilizada, jogar na Europa e, se Deus quiser, uma oportunidade na Seleção Brasileira” – Lucas Collins.

Lucas defendeu o Castanhal na Copinha em 2022. Foto: Reprodução/ Instagram

Família, inclusive, é uma das bases para o sucesso do garoto. Jean Alex relembra o apoio que os pais deram a Lucas na infância e projetou um futuro brilhante.

“Vejo um futuro brilhante e de muito sucesso do Lucas, pois ele tem muito potencial, é um garoto centrado, que quer muito se tornar um profissional de sucesso e vai ser, eu acredito nisso. Tenho orgulho de ver a evolução dele como atleta e como homem. E agradeço aos pais do Lucas por acreditarem no que eu, como professor do Lucas, via naquele garoto um futuro promissor mesmo quando tinha apenas 6, 7 anos de idade”, celebrou.

Por fim, João Lima reiterou o discurso e apontou Lucas como um jogador de estilo europeu.

“Sempre disse e digo aos amigos da bola, empresários e diretores de alguns clubes quando vejo algum vídeo dele atuando, que o Lucas tem estilo de jogador europeu. Acredito muito que um dia terei o prazer e mais orgulho ainda de vê-lo em um grande clube da Europa. Mas claro, sendo negociado também por um grande clube brasileiro”, finalizou.

Veja alguns lances de Lucas Collins

Deixe sua opinião

Jornalista apaixonado por qualquer espécie de futebol
Loading...