Abre o olho, CBF!

Durante muito tempo, a camisa amarela da seleção brasileira era o máximo no futebol. Temida e respeitada pelos adversários, idolatrada por Zagallo, que a chama carinhosamente de “amarelinha”, era o sonho de qualquer jogador nascido no país ou com o passaporte nacional.

Brasileiros podem acabar em outras seleções (Foto: Reprodução)

No esporte moderno, com tantas naturalizações em diversas modalidades, o Brasil foi vendo vários atletas defendendo outras bandeiras, principalmente em dois esportes com bola: futsal e futebol. Neste último são vários os casos de sucesso: Deco e Pepe, por Portugal; Donato e Marcos Senna, pela Espanha; Cacau e Kevin Kuranyi, pela Alemanha, entre outros.

E ultimamente isto tem sido cada vez mais frequente. Na Copa do Mundo de 2018 eram dez brasucas defendendo outros países: Diego Costa – Espanha, Thiago Alcântara – Espanha, Rodrigo – Espanha, Pepe – Portugal, Bruno Alves – Portugal, Mario Fernandes – Rússia, Thiago Cionek – Polônia, Celso Borges – Costa Rica, Giovani dos Santos – México e Jonathan dos Santos – México. E poderiam ser mais já que Guilherme (Rússia) e Léo Lacroix (Suíça) ficaram de fora na lista final. Ao todo 26 participaram das Eliminatórias por outras seleções.

Não bastasse isso, o pior ainda está por vir: a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ao que parece, não tem ninguém para fiscalizar as saídas dos atletas ainda em idade amadora para o exterior e também não parece observar aqueles que se destacam fora do país. No momento dois chamam muito a atenção dos europeus: os atacante Rodrigo e Marcos Paulo. Rodrigo Rodrigues, de 18 anos, estava no Grêmio Novorizontino-SP e foi anunciado pelo poderoso Real Madrid-ESP, pelo qual estreou nesta temporada no time sub-19, que disputa a Terceira Divisão nacional. Até o momento ele marcou cinco gols em seis jogos. Marcos Paulo, de 17 anos, pertence ao Fluminense-RJ, mas já foi convocado para as seleções portuguesas sub-18 e sub-19, mesmo com passagens pelos selecionados sub-15 e sub-17 do Brasil.

Com isso, o risco de estes dois jogadores, que não estiveram nas últimas convocações da base da seleção brasileira, defenderem novas nações é alarmante, como já havia acontecido com muitos outros. Como referência no futebol de base do Brasil, cabe ao DaBase informar a situação, torcendo para que estes dois atacantes vistam a “amarelinha” o quanto antes. E você, conhece mais alguém que está se destacando lá fora, pode fazer parte do próximo ciclo olímpico e a CBF não sabe?

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