Técnico do sub-20 do Bahia valoriza primeiro ano no cargo com resultados e atletas promovidos

Os cinco primeiros meses de Eduardo Guadagnucci à frente do time sub-20 do Bahia foram de campanhas distintas, revelações e uma final emocionante que quase rendeu um título. O Tricolor foi vice-campeão da Copa do Brasil e promoveu vários atletas ao elenco principal.

Eduardo Guadagnucci comandou o Bahia em 2020. Foto: Divulgação/EC Bahia

O treinador assumiu o cargo em agosto, após a saída de Carlos Amadeu, que havia assumido o Al Hilal, na Arábia Saudita. O então comandante da equipe sub-15 teve pouco tempo de preparação, mas conseguiu emplacar uma temporada de resultados expressivos. Ele avaliou, em entrevista exclusiva ao DaBase.com.br, que sua primeira temporada foi satisfatória.

“Ao meu ver, foi satisfatório. Foi o primeiro ano, atípico, com pouco tempo de treino. Damos uma cara para a equipe, criamos uma identidade de jogo. fizemos boas partidas, bons resultados, colocamos de seis a oito jogadores no time principal. Então eu fico muito satisfeito com o primeiro ano”, analisou.

Foram duas competições sob o comando do treinador: Brasileirão e Copa do Brasil. No primeiro, o time fez um início ruim, se recuperou, mas não conseguiu embalar rumo às quartas de final. O Tricolor fechou a competição na 16ª posição, com 20 pontos, cinco vitórias, cinco empates e nove derrotas, além de 22 gols marcados e 32 sofridos.

Já no torneio mata-mata, a equipe baiana derrubou adversário por adversário até chegar à decisão. Perilima-PB, Ceará, São Paulo e Palmeiras foram eliminados pelo Tricolor. Na opinião de Guadagnucci, as dificuldades na preparação pesaram nos resultados.

“Eu atribuo a preparação para o Brasileirão. Não tivemos tempo de preparar, não conseguimos amistosos de nível aqui na Bahia. É muito diferente enfrentar um time aqui, mesmo que seja profissional, em relação a pegar São Paulo, Athletico-PR, Cruzeiro”, disse.

“Depois, foi determinante a chegadas à fase final da Copa do Brasil, tivemos que priorizar a competição.  Fizemos bons jogos no Brasileirão, apesar do início difícil, jogos competitivos, de igual para igual ou com mais chances que os adversários. Conseguimos evoluir na competição e, faltando seis rodadas, estávamos a três pontos da zona de classificação. Mas com o número de jogos e o elenco reduzido, tivemos que priorizar a Copa do Brasil”.

Bahia derrubou campeões São Paulo e Palmeiras na Copa do Brasil Sub-20 Foto: Divulgação/ Bahia

O Bahia chegou à decisão da Copa do Brasil para enfrentar o Vasco. Depois de uma derrota por 2 a 1 no duelo de ida, em casa, a equipe levou 2 a 0 dos cariocas em São Januário, mas buscou uma virada marcante, que só não rendeu a ida aos pênaltis e o título porque o Cruzmaltino marcou nos acréscimos e garantiu a conquista.

Apesar do empate e a perda do título, o treinador apontou o jogo de volta da decisão como o momento mais especial da campanha, ao lado da vitória sobre o Palmeiras.

“O momento mais marcante foi a virada na final, sem dúvidas. Acho que chegamos, em termos emocionais, no auge. Mas o jogo que fizemos no Alianz Parque (contra o Palmeiras) e a maneira como construímos o resultado foi marcante também”, comentou.

O elenco vice-campeão da Copa do Brasil contava com atletas mais experientes, como o artilheiro Thiago, de 20 anos, com passagens pelo Fluminense e por Portugal, e jovens como Marcelo Ryan, de 18 anos, vindo do Confiança. Eduardo Guadagnucci explicou que, para manter uma equipe equilibrada e lidar com as diferentes trajetórias dos atletas, focou na performance.

“Não distinguimos a questão da idade. Para mim, o que vale é performance. Se é novo, experiente, tem que performar, dar o máximo nos treinos. Jovem ou mais velho, para mim não faz diferença, se estiver bem vai jogar”.

Após o vice-campeonato, quatro atletas passaram a integrar o elenco principal: o zagueiro Patrick de Lucca, o volante Luiz Filipe e os atacantes Marcelo Ryan e Thiago – artilheiro do torneio, ele foi titular em sua estreia, diante do Grêmio, pelo Brasileirão. Guadagucci acredita que os jovens podem ser bem aproveitados no futuro.

“O profissional já é outro departamento, mas o que a gente pôde fazer para melhorar individualmente esses atletas nós fizemos. Agora é com o profissional, entender o processo, o amadurecimento e a adaptação, mas acho que esses meninos vão aprender e nos ajudar muito lá em cima também”, finalizou.

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