Presidente do Avaí-RO, Cel. Roberto explica projeto do clube
O ranking criado em 2016 pelo DaBase veio para mostrar que há muitas agremiações no Brasil que fazem excelente trabalho nas categorias inferiores. Uma delas é o Avaí-RO, que no momento ocupa a 33ª colocação numa lista com 370 associações com ao menos um ponto.
O grande responsável por este feito chama-se Roberto Luiz das Dores, mais conhecido no mundo do futebol como Coronel Roberto, mencionado pelo próprio Leão da Ilha de “o garimpeiro de talentos para o Avaí lá do outro lado do país”. Com 62 anos de idade, ele é natural de Niterói-RJ, mas radicado em Rondônia a 40 anos, graduado em Administração de Empresas e Coronel PM RR da Polícia Militar do Estado de Rondônia (PMRO), onde exerceu o honroso cargo de Comandante Geral em 1999 e 2000.
Em um bate-papo com o DaBase, Roberto falou sobre o nascimento do projeto, o que já viveu, suas expectativas e palpita sobre a formação de jogadores no país. Confira a conversa na íntegra:
DaBase: Conta-se a história de que sua relação com o Avaí-SC começou em 2011, devido a um jogo do time de profissionais contra o Vilhena, pela Copa do Brasil. Então explica como foi este contato que o aproximou de vez do clube catarinense.
Roberto: O primeiro contato aconteceu em fevereiro de 2011 quando o Avaí F.C. foi jogar pela Copa do Brasil na cidade de Vilhena, localizada no sul do Estado de Rondônia. Naquela oportunidade recebi uma ligação telefônica do Dr. Nilton Machado, ex-Presidente do nosso clube e naquela época Vice-Presidente na Gestão do nosso Querido Dr. Zunino. No decorrer da conversa ele se mostrou muito preocupado com a situação e com a segurança da delegação do Avaí naquela cidade, pois o jogo seria no dia 22 e a delegação chegaria no dia 20 de fevereiro. Ele me perguntou se eu poderia dar algum tipo de apoio para a delegação lá. Eu lhe disse que poderia me deslocar até Vilhena para coordenar a segurança e acompanhar a delegação enquanto ela estivesse lá. E foi isso o que fiz. Eu me desloquei para Vilhena no dia 19 de fevereiro e chegando lá tratei de fazer contatos com o comandante do 3º BPM, e pedi apoio, visitei o hotel onde iriam ficar hospedados, realizei o reconhecimento e inspecionei todas as instalações e fui verificar e inspecionar o ônibus que estava locado para atender a delegação durante toda a estada na cidade. Recebi a delegação no dia 20 de fevereiro e daí por diante permaneci em tempo integral à disposição, tendo o apoio de guarnições da Polícia Militar do Estado de Rondônia em todos os deslocamentos que foram realizados. No dia 23 de fevereiro embarquei toda delegação de volta para Santa Catarina sem que houvesse qualquer ocorrência ou alteração no período da estada em Vilhena. No mês de abril de 2011, com uma grata surpresa, fui comunicado pelo Dr. Nilton Machado que a Diretoria do Avaí F.C. resolvera me conceder o honroso título de Cônsul Especial do Avaí em Rondônia. Não sei quais foram os motivos que levaram a Diretoria a me conceder tão honroso título, mas com certeza nada acontece por acaso.
DB: Até então o que sabia sobre o Avaí? O que ele representava na sua vida? E o futebol em si?
R: Não sabia nada, apenas que era um time grande em Santa Catarina e que estava na 1ª Divisão do Brasileirão. Exatamente no ano em que coloquei os meus pés dentro do Avaí, em 2012, conquistamos mais um título Estadual e Eu pude participar de toda essa alegria da nação avaiana, estando presente e participando da foto oficial da conquista do campeonato. E ressalto que desde abril de 2016 o Avaí F.C. é presidido pelo Sr. Francisco José Battistotti, que cumpriu os seus compromissos de elevar e manter a política de austeridade, com foco no controle dos débitos mantendo os salários e contas em dia, realizar um completo processo de saneamento e modernização, valorizar todos os colaboradores e profissionais que atuam no clube, tornar o Avaí autossustentável com estabilidade para poder investir e criar um ecossistema favorável ao investimento de terceiros, visando a valorização da marca.
DB: Como o Cônsul Especial do Avaí em Rondônia passa a ser coordenador geral do maior Núcleo de Escolinhas de Futebol do Avaí F.C. fora de Santa Catarina?
R: Sim. É uma função muito honrosa essa de Cônsul Especial do Avaí F.C. em Rondônia e tendo a responsabilidade dessa Coordenação Geral e da prospecção de outros futuros Paceiros da marca Avaí F.C. no norte do Brasil. Não existe nenhum clube no Brasil que tenha esse tipo de trabalho sendo realizado com escolinhas implantadas e que tenha essa grande dimensão e resultados obtidos, o que foi reforçado pela fundação e conquistas do Avaí Rondônia F.C., clube o qual presido desde a sua fundação em 04 de agosto de 2017. Tenho por dever de justiça agradecer a parceria do meu amigo, o Prof. Cleyve José de Lima Nogueira, conhecido como Prof. Lima, que atualmente é o Vice-Presidente do Avaí Rondônia F.C., assim como Coordenador e Técnico das Categorias de Base do nosso querido “Leão da Amazônia”.
DB: O que é, enfim, o Projeto Avaí-RO? Já há outros núcleos além do de Porto Velho. Onde ficam? Quantos atletas presentes ao todo?
R: O Avaí Rondônia F.C., acima de tudo, é um Projeto Cidadão, onde preferencialmente trabalhamos para formar o futuro cidadão ou cidadã do nosso Brasil, colaborando com as diretrizes emanadas pelos diversos setores sociais, educacionais, da saúde e da segurança pública, observando sempre as orientações das nossas maiores autoridades de cada setor, além da completa inteiração no cenário local. Buscamos com isso também formar o atleta do futuro, completamente consciente dos seus deveres, obrigações e direitos, inclusive os dos outros, pois seu direito acaba quando começa o dos outros. Há um limite para tudo na vida e nisso trabalhamos para que todos estejam cientes das suas responsabilidades e oportunidades. Existem mais dois núcleos no interior: um na cidade de Buritis, que fica a uns 320km de Porto Velho, e outro em Pimenta Bueno, aproximadamente a uns 600km da capital. Então, ao todo, devemos ter uns 400 atletas.
DB: Que atletas se destacaram na base do Avaí em virtude dessa parceria? Hoje, quantos estão em SC? Algum já se profissionalizou lá?
R: Atualmente existem dez atletas. Um está jogando nos profissionais, o goleiro Claudio Vitor, de 19 anos (e com 16 já era relacionado para a equipe profissional) e outros nove estão na base do Avaí-SC, que vai do Sub-9 ao Sub-17.
DB: No futebol brasileiro muitos jogadores desistem de uma chance melhor na carreira ou até mesmo dela porque não estão preparados para conviver com a distância da família. Quando meninos saem de Rondônia para Florianópolis, distantes aproximadamente quatro mil quilômetros, há algum suporte para evitar que isso aconteça?
R: A bem da verdade, a distância de condução de Porto Velho até Florianópolis, segundo sites rodoviários, é de 3451 km. Geralmente quando o atleta é aprovado, dependendo da idade ou ele segue acompanhado de um dos seus responsáveis (e geralmente é a mãe quem vai) ou ele fica alojado no clube, a partir dos 14 anos. Já temos lá vários atletas menores de 14 anos que estão morando com um dos seus genitores, todos nas proximidades do clube para facilitar a realização dos treinos e estudos. Até esse ano nós tínhamos uma Casa do Atleta, instalada em Florianópolis, em parceria com alguns pais e mães, onde permaneciam os três atletas com menos de 14 anos, sendo cuidados por um responsável maior de idade, irmão de um deles, mas esse ano eles completaram 14 anos, já foram alojados no clube e a casa foi desativada.
DB: Os professores do Avaí-RO viajam para Floripa em busca da troca de experiências com os técnicos da base do Leão da Ilha? E vice-versa também?
R: Apesar de haver essa possibilidade que o clube nos dá, as trocas de experiências se dão quando os avaliadores do Avaí F.C. vêm em Porto Velho fazer as avaliações, as quais podem ocorrer três vezes por ano. Como temos apenas o Prof. Lima treinando as categorias de alto rendimento, fica muito difícil para ele se deslocar até lá e passar um período realizando essa troca de experiência, mas de toda forma os treinadores das diversas categorias estão sempre disponíveis para conversarem e discutirem pontos relevantes que o Prof. Lima ache interessante buscar saber.
DB: Como policial militar, imagino que o esporte sempre fez parte da sua vida. O que o Roberto praticou quando mais novo e o que acompanha fora do futebol?
R: Sim, sempre fez. Na minha juventude joguei futebol e arrisquei ser jogador profissional, mas Deus não quis assim e me conduziu para essa profissão que tanto amo, que tantas alegrias e realizações me deu na minha vida particular e na carreira profissional. Hoje eu entendo o motivo pelo o qual eu tinha que estar aqui em Rondônia. Deus é perfeito. Hoje assisto os campeonatos de futebol e gosto muito dos demais esportes, os quais também assisto quando tenho um tempo livre (vôlei, basquete, rugby, tênis, futsal etc.). Nesse ponto sou eclético, pois tudo se complementa e conhecimento aliado com a cultura nunca é demais.
DB: Vai chegar a hora do Avaí-RO se profissionalizar. Você acredita que haverá diferença na metodologia empregada na hora de comandar os garotos da base?
R: Já vimos pensando nisso há algum tempo, até porque a meta é aproveitar e contar com os nossos “Meninos Leões” que são a “Prata da Casa” porque todo trabalho desenvolvido tem esse objetivo. Chegar no Profissional com uma equipe jovem, bem treinada, entrosada e capaz de manter a hegemonia do Avaí Rondônia F.C. no futebol Rondoniense. O Prof. Lima já buscou conhecer como a base do Avaí F.C. é treinada e tem trabalhado muito para que possamos estar muito perto da realidade da equipe de Florianópolis, tanto é verdade que os nossos meninos vão até lá fazer as avaliações e são muito elogiados por todos, inclusive pelos atletas que lá já estão, porque eles “não quebram o treino” e desenvolvem a mesma constância, força técnica e tática. Obviamente que chegando no Profissional teremos que fazer alguns ajustes, pois é uma outra realidade e para isso também poderemos contar com a expertise da turma do nosso Leão da Ilha, que não se furtarão de nos dar algumas dicas valiosas.
DB: Atualmente a CBF promove Brasileiro e Copa do Brasil das categorias sub-17 e sub-20, mas alguns clubes ainda insistem que a formação dos atletas (e do cidadão, num contexto mais amplo) é mais importante que um título conquistado. Você concorda?
R: Concordo plenamente com isso, pois essa também é a nossa visão de mundo pelas dificuldades que sabemos que os atletas irão encontrar na busca e na conquista dos seus sonhos. A formação do cidadão ou da cidadã deve ser a aliada principal de qualquer outra iniciativa que busque colocar e posicionar o atleta no mundo profissional, seja lá qual for essa profissão porque bem sabemos que muitos deles não se tornarão jogadores profissionais e aí deverão estar preparados para o bem e melhor desenvolverem qualquer outro tipo de profissão que escolherem. Aqui no Avaí Rondônia F.C. primamos pela educação, pela formação continuada do atleta que se reflete na manutenção do estudo e nos excelentes resultados que eles possam e devem alcançar em todas as suas fases. Existe um ditado que falamos para todos eles: “Sem estudo, sem treino; sem notas boas, sem escalação nos jogos; sem dedicação, sem viagens de competição”. E temos a ajuda dos pais e mães que também comungam conosco nesse objetivo e muito nos ajudam nesse e em vários outros pontos. São nossos parceiros de toda a hora porque entendem a nossa filosofia de trabalho e o objetivo que queremos para os filhos deles. Por isso costumamos dizer que temos uma enorme “Família Avaiana em Rondônia”.
DB: Aliás, conte-nos como foi participar de uma competição nacional de renome, como a Copa do Brasil Sub-17. Ser eliminado pelo Criciúma teve um quê de rivalidade ou não é para tanto?
R: Olha! Isso foi para nós o melhor dos mundos e com a benção de Deus vamos repetir nesse ano de 2020 essa participação. Encaramos com naturalidade porque estávamos preparados e motivados, pois você nem imagina a barreira que tivemos que vencer para que isso acontecesse. Entramos bem na partida, fomos para cima e perdemos o jogo em dois erros de posicionamento do nosso setor defensivo na batida de dois escanteios. Ficou a experiência e a certeza de que temos que melhorar e ter mais atenção nos detalhes das partidas, principalmente nos minutos iniciais e finais do jogo porque perdemos nos 15 primeiros minutos do 1º tempo. Vida que segue e que venha a Copa do Brasil Sub 17 de 2020, pois estaremos lá.
DB: No Avaí-RO existem peneiras? Como são realizadas? O que conta para a escolha de um futuro atleta?
R: Nesse ano de 2020, o Prof. Lima, nosso Coordenador e Técnico das Categorias de Base do Sub-8 ao Sub-20, fará essa avaliação para captar atletas que ainda não jogam na Escolinha, vez que a base do Avaí Rondônia F.C. é constituída de atletas oriundos dos nossos quadros. Tenho observado que com os excelentes resultados obtidos nesses anos de trabalho, temos sido procurados por atletas, bem como por pais e mães que querem incluir seus filhos no nosso projeto vencedor. A intenção é realmente buscar consolidar o trabalho realizado para que possamos cada vez mais ficar as nossas raízes e seguir em frente, oportunizando também aos nossos “Meninos Leões” um futuro melhor.
DB: O estado de Rondônia é um dos mais novos do Brasil, criado em 1982. Assim como em qualquer outra parte do país há muita paixão pelo futebol. No entanto, o ludopédio local carece de bons estádios e falta de apoio. Em 2015, por exemplo, foi realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa para salvar o futebol de Rondônia. Qual a situação atual dos campeonatos de base no estado? Apesar de a Federação promover anualmente os estaduais de base, é fácil encontrar interessados em participar? É uma vontade em comum que haja aumento no número de participantes? É possível torná-lo mais extenso?
R: Permita-me fazer um conserto. O Estado de Rondônia foi criado pela Lei Complementar nº 41, de 23 de dezembro de 1981 e foi instalado no dia 04 de janeiro de 1982. Realmente é um Estado jovem e muito promissor. A região Amazônica é muito linda com todas as suas diversidades. Merece que seja visitada e conhecida por todos os brasileiros para que realmente saibam o que ela representa para o Brasil e para todos nós. Muita gente nem imagina o potencial que temos por aqui. Vale a pena conhecer. Temos Campeonatos de Base nas Categorias Sub-13, Sub-15, Sub-17, Sub-20 e agora a Copa Rondônia Sub-20 para times que são Profissionais, em razão da classificação para a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Temos uma boa participação das equipes nos Campeonatos de Base, pois em média dez disputam as diversas categorias. O número de participantes fica adstrito ao número de clubes ativos e interessados em participar dos certames, até porque nem todos têm montadas as suas equipes de base. Seria ideal estender um pouco mais os campeonatos, mas aqui, pela falta de apoio ao futebol, é muito complicado estender o prazo das competições, pois o custo fica muito alto com as diversas despesas que são inerentes aos jogos e fica tudo para os clubes pagarem. No nosso caso específico, não temos qualquer tipo de patrocínio, nem apoio financeiro de ninguém de fora. Fazemos tudo na raça, com a cara e a coragem, como costumam dizer, e contamos com o apoio dos pais, das mães e da Escolinha. Aqui todos se cotizam para fazer funcionar essa máquina vencedora que é o Avaí Rondônia F.C., o nosso “Leão da Amazônia”. Ah! Sobre aquela audiência pública em 2015 para salvar o futebol de Rondônia, não deu em nada.
DB: No Ranking DaBase, o Avaí-RO é o melhor rondoniense e o segundo mais bem colocado na Região Norte. Qual será a reação se vier a ultrapassar o “clube-mãe”?
R: Ah! Somos o segundo na Região Norte? Quem é o Primeiro? Vamos buscar essa colocação que nos pertence porque não foi computado um título de campeão em 2019, ano no qual vencemos o Sub 17 e o Sub 15 (N.R. ambas conquistas foram computadas), o que nos colocaria na frente do Ranking na Região Norte do Brasil. Quanto ao Avaí F.C., já estivemos bem perto deles, a apenas duas colocações abaixo, mas ultrapassá-los não é o nosso objetivo, até porque devemos guardar as devidas proporções de estrutura, treinamento e até mesmo o nível dos campeonatos que eles disputam. Não podemos nos comparar, se bem que os nossos resultados são excelentes se considerado que fazemos milagre com o pouco que temos. O importante é a parceria vencedora entre os nossos dois clubes, vez que um se originou do outro.
DB: Num país desigual como o nosso, muitos meninos sonham com o estrelato através do futebol, mas poucos sabem das dificuldades que é vencer neste esporte. Manda um recado pra galera que ainda está buscando uma oportunidade de mostrar seu talento em alguma das peneiras ou escolinhas espalhadas pelo Brasil.
R: O meu recado para toda essa meninada que sonha com o mundo do futebol e sonha em ser um jogador profissional de sucesso é o de incentivo, foco, luta, garra, força, vontade, constância, persistência, resiliência e até porque não dizer resignação em alguns casos. Nunca desista dos seus sonhos porque ele poderá estar logo ali na frente, a poucos passos de você. Às vezes o que queremos não nos pode ser concedido da forma como queremos e por isso o caminho fica mais longo e complicado, mas tenha a certeza de que se tiver que ser seu será. Bastará apenas que siga e exercite sempre cada palavra deixada acima e sempre procure ser um excelente Profissional, cioso de todas as suas responsabilidades e obrigações. Não relaxe nunca, não descuide nunca, pois sempre haverá alguém observando, avaliando e cuidando das suas ações. Já vi muitos jovens perderem as oportunidades na vida, principalmente no futebol, porque não quiseram trilhar pelo bom, certo e reto caminho que poderia tê-los levado ao “$uce$$o”, mas ao invés disso resolveram “dobrar a próxima esquina” jogando tudo fora. E depois que passou, passou e não volta mais. Outra coisa! Lembre-se sempre que por trás de você sempre existiram e existem pessoas que o apoiaram e que fazem tudo para que você consiga chegar no objetivo que traçou para a sua vida. Eles são seus pais e suas mães, além dos seus treinadores que passaram horas a fio à sua disposição, dando o melhor de si para que você aprendesse, crescesse e evoluísse no futebol, assim como também como ser humano e cidadão de bem. Nunca se esqueça deles quando conseguir chegar e mesmo que não chegue, tenha por cada um deles muito amor, carinho, dedicação e respeito, porque em muitas das vezes eles fizeram o impossível e sempre o melhor que podiam. Tenho visto muitos jogadores de sucesso que saíram da várzea, sem nada, alcançaram os píncaros e nunca tiveram o respeito de pelo menos voltar e agradecer toda a ajuda que receberam. Nunca se preocuparam em estender a mão, agora com o sucesso, para doar e permitir que outros possam também ter, pelo menos, a oportunidade de sonhar. O mínimo que se pode esperar de um ser humano de bem é o sentimento de gratidão.