Pegador de pênaltis, Marlon traça objetivos na equipe sub-20 do Juventude

Uma disputa de pênaltis pode formar heróis e vilões dentro do futebol. É o momento em que o goleiro finalmente pode se consagrar. Foi desa forma que Marlon aproveitou as oportunidades na Copa Santiago sub-17 deste ano. O paredão do Juventude foi fundamental no vice-campeonato da equipe, sendo eleito o destaque da competição.

Marlon é um dos destaques do Juventude. Foto: Maurício Nunes/ @fotografiadoesporte

Após passar pela primeira fase invicto, o Juventude empatou com o 3 de Febrero por 1 a 1 nas quartas de final, levando a decisão para os pênaltis. Na disputa, o camisa 1 pegou uma cobrança dos paraguaios e garantiu a vitória. Nas semifinais, um novo empate por 1 a 1 diante do atual campeão Grêmio colocou a vaga na decisão na marca da cal mais uma vez. E Marlon foi decisivo novamente, pegando duas batidas tricolores.

Apesar da derrota na final, frente ao Palmeiras, com um gol já nos acréscimos, o goleiro valorizou a campanha do clube. “É uma competição internacional, muito disputada na categoria de base. Desde quando começamos a preparação sabíamos que não ia ser fácil e que iríamos pegar times muito qualificados. Saímos do torneio com a cabeça erguida, foi um feito histórico com a camisa do clube. Eu fiz boas atuações nos jogos, peguei três  pênaltis no mata-mata e na final também tive boa atuação”, ressaltou.

Decisivo nas disputas de penalidades, o camisa 1  disse que nunca pegou tantos em sua carreira, mas contou como foi a preparação para o desafio. “Quando os treinos terminavam, os guris pediam para bater pênalti, aí eu pegava um ou dois por treino. Nos pênaltis, em jogos decisivos, ficamos muito concentrados, sabemos que podemos nos consagrar, mas vemos nos batedores também o posicionamento, a distância”, relatou.

Carreira

Marlon começou a carreira aos oito anos, no futsal de sua cidade, Coronel vivida, interior do Paraná. Depois das primeiras experiências no campo pelo Pato Branco, ele passou dois anos no Verê, onde foi campeão paranaense sub-17 em 2018. Após r´paidas passagens por Rolândia e EC Cascavel, o jovem ficou sem clube e quase abandonou a carreira.

“Depois da eliminação na primeira fase do Paranaense pelo Cascavel,  fui dispensado e fiquei quatro meses em casa. Pensei em desistir, pois não sabia se ia conseguir arrumar outro clube já no fim do ano. Mas minha família sempre me incentivou. Fiquei uma semana sem treinar, mas após voltei com o Professor Herllon treinador de goleiro da cidade, e pedi para o Professor Emerson Pizzi para disputar campeonatos locais para não ficar parado”, contou.

Marlon participou de uma peneira do Juventude na região e conseguiu uma semana de treinos no clube gaúcho. Já no último dia, ele foi comunicado da aprovação e ficou na equipe em definitivo.  Para Lúcio Rodrigues, coordenador das categorias de base do clube, o goleiro chegará ao alto nível na carreira.

“O Marlon é daqueles atletas que te fazem sentir que o futebol vale a pena. É focado, comprometido, sério, trabalhador, tem personalidade, um atleta na acepção da palavra. Tem o objetivo de ser o melhor, é de um senso coletivo muito eficiente. É estudioso, gosta de aprender, de buscar referências que agregam”, elogiou o coordenador.

Após fazer 18 ano no fim de março, o goleiro foi promovido à equipe sub-20. Ele se inspira em grandes nomes da posição, como Victor, Oblak, Ter Stegen e Júlio César, além da mãe, a quem ele quer ajudar com sua carreira.

“Quero, aos poucos, escrever minha história, deixar um legado em cada clube que passo como pessoa e atleta. Meus objetivos são ajudar minha família, dar o mundo a quem me deu a vida, defender o país e ser comparado aos grandes atletas da história”, finalizou.

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