Kaká fala sobre sua época de base no São Paulo

Através do seu Facebook, o jogador Kaká falou sobre sua época de jogador de base no São Paulo, sobre sua idolatria por Rogério Ceni, como ele sempre se espelhou no maior ídolo do clube paulista, e sobre como foi sua carreira no clube, desde o dente de leite até o profissional, e a sua saída pro Milan.

Usando um dos recursos da rede social, chamado de “Facebook Live” (Facebook ao vivo), onde você pode fazer uma streaming(transmissão ao vivo) para qualquer lugar do mundo, e compartilhar com os seus seguidores, Kaká criou o “Kaká live on”, que acontecerá durante quatro quintas do mês de dezembro, e seus fãs e seguidores poderão fazer perguntas sobre temas específicos, e ele os responderá ao vivo.

Durante os 15 minutos de vídeo, o jogador do Orlando City contou que fez parte de todas as categorias de base do São Paulo: Dente de leite, infantil, juvenil e juniores, chegando ao time profissional aos 18 anos.  Ele aborda ainda o problema que tinha aos 14 anos, um atraso na idade óssea que o obrigou a mudar de posição: de centroavante pra meia atacante, ideia do seu então treinador Pita, que havia sido jogador do São Paulo e naquela altura fazia parte da comissão técnica.

Aos 18 anos, ele sofreu um grave acidente numa piscina com seu irmão: ao descer de um toboágua, ele caiu de cabeça na piscina e isso causou uma grave fratura na sexta vértebra cervical, o que o obrigou a usar um colete cervical por cerca de dois meses. Nesse tempo, ele só pensava em voltar a jogar, e o médico o avisou que por muito pouco ele não perdeu até os movimentos, ficando tetraplégico. Foram mais dois meses de recuperação após a retirada do colete para que ele tivesse condição de voltar a jogar.

Kaká em campo em sua estréia, contra o Botafogo. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Completamente recuperado, ele foi chamado para integrar o grupo que faria parte da Copa São Paulo de Futebol Junior, e era apenas reserva no time quando o então técnico da equipe profissional, Vadão, solicitou ao técnico do sub 20, Edinho, alguns jogadores para revezarem com o elenco principal. Como era reserva, Kaká foi um dos indicados pelo técnico da base. Alguns jogos no banco, e veio a primeira chance, contra o Botafogo, no Morumbi pelo Torneio Rio-SP, num empate por 1 a 1 com o Botafogo, no dia 1º de fevereiro de 2001.

Seu primeiro grande momento com a camisa São paulina foi contra o mesmo Botafogo, e também no Morumbi. Foi no dia 7 de março, quando Vadão o colocou na segunda etapa e ele fez os dois gols do São Paulo na vitória por 2 a 1 sobre o clube carioca, dando o título ao Tricolor. Daí em diante caiu nas graças da torcida e do técnico, e não saiu mais do time principal.

Em 2003 Kaká jogou a Copa Ouro pela seleção Brasileira sub-23, que ficou com o vice, vendo o México ganhar com um gol na prorrogação, em tempos de “gol de ouro”. O Torneio foi tão importante pra Kaká, que ao voltar ao Brasil, o meia soube que o Milan havia feito uma proposta por ele, mas que a diretoria tricolor iria recusar. Ele então convenceu os cartolas a aceitarem, fazendo um acordo e abrindo mão do valor que receberia em uma proposta, e assim seguiu para o “rossonero”, onde também virou ídolo.

Kaká comemorando 100 jogos no Milan (Foto: Agência Reuters)

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