Fisioterapeutas e fisiologistas do Ceará incentivam leitura entre atletas

O médico e poeta alemão Friedrich Schiller dizia que “não temos nas nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do mundo temos as nossas mãos”, uma frase que fala muito sobre o poder que temos de mudança e realização.

Atletas trocaram celular por livros. Foto: Divulgação/ Ceará

Com esse espírito, fisioterapeutas e fisiologistas realizaram uma verdadeira revolução dentro do departamento médico do Ceará. Segundo os profissionais, em tempos de muita distração causada por celulares, vinha sendo difícil realizar o tratamento dos atletas de base. Era preciso se acostumar com os gritos de vitória e gargalhadas, consequentes dos chats e jogos virtuais, ou mudar tudo aquilo no ambiente de trabalho.

Foi quando escolheram mudar e com uma solução bem criativa. A sugestão foi dada pelo fisioterapeuta Lucas Freire, que definiu que a partir daquele instante estava limitado o uso de celular no DM, e que no lugar deles deveriam entrar os livros. Estranho para muitos, mas uma virada de chave para garantir a qualidade do trabalho dos profissionais de saúde que atuavam ali.

Prontamente, os departamentos de psicologia e serviço social da Cidade Vozão iniciaram uma campanha de arrecadação de livros para alimentar o projeto e as coisas ganharam forma. Atletas com insônia, como Sávio do Sub-20, passaram a contar com o suporte da leitura, além do acompanhamento psicológico que já têm. Pedro Henrique, também do Sub-20 e ávido leitor, garantiu vaga na universidade justamente após a implantação do projeto de leitura, o que, talvez, não tenha relação causal, mas que, aos olhos de outros colegas, ganhou peso e significado.

“Eu já gostava bastante de ler, então não tive dificuldade em me adaptar à limitação dos celulares no DM. Eu me lesionei pouco antes da Copa São Paulo deste ano e aproveitei que o departamento médico estava mais silencioso para revisar o que vinha estudando para o vestibular. Não deu outra: passei e vou começar a cursar educação física”, comemora o meia sergipano Pedro Henrique.

O projeto de leitura é mantido e/ou conta com o suporte dos fisioterapeutas Jonatha Furtado, Pedro Benevenuto, Lucas Freire, dos fisiologistas Dener Martins, Pedro Martins, da psicóloga Daniele Domingues e do assistente social Fernando Martilis.

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