ESPECIAL BRASILEIRÃO SUB-17: Com DNA formador, América-MG busca classificação inédita

A 12ª matéria da série especial do DaBase.com.br sobre o Brasileirão Sub-17 traz um clube que tem a tradição de formar e exportar seus talentos. O América-MG vai em busca da inédita classificação com uma equipe ofensiva e que dá sequência ao trabalho dos últimos anos.

América vem de eliminações na primeira fase do Brasileirão. Foto: Mourão Panda/ América

O Coelhãozinho se firmou nas competições nacionais de base, tendo disputado as últimas duas edições do Brasileirão nas duas categorias. Campeão no Sub-20 ainda em 2011, o time brigou pela classificação em suas duas participações no sub-17, mas caiu na primeira fase em ambas.

Foram quatro vitórias, um empate e quatro derrotas em 2019, ficando a dois pontos da vaga nas quartas de final. Já no ano passado, os números caíram um pouco, deixando a competição no sétimo lugar do Grupo A com duas vitórias, dois empates e cinco derrotas.

Nas outras competições, o América tem mais dificuldades. A equipe bateu na trave da Copa do Brasil de 2015, caindo nas semifinais. Depois, chegou às oitavas em 2016 e 2018 e nas quartas de final da Taça BH de 2018. No Mineiro, o último título veio em 2014.

A classificação para as quartas de final do Brasileirão é um dos grandes objetivos em 2021. Quem conta é o técnico Guilherme Nascimento, que falou com exclusividade ao DaBase.com.br e garantiu uma equipe ofensiva contra todos os adversários.

“Podemos esperar do América uma equipe que joga um futebol ofensivo, de muita mobilidade e velocidade, com a convicção de buscar o controle das ações nas partidas independentemente dos adversários. Só assim, com um jogar que nos permita ter protagonismo, poderemos alcançar nosso objetivo de classificar pela primeira vez ao mata-mata da competição”.

Cria do América, Mateus Lima foi campeão sul-americano pela Seleção Brasileira Sub-15. Foto: Reprodução/ Instagram

O profissional conhece os garotos do clube. Ele chegou ao América em 2018 e passou pelas categorias sub-14 (sendo vice-campeão mineiro em 2018) e sub-15. Após uma rápida passagem pelo Red Bull Bragantino no ano passado, o treinador voltou ao CT Lanna Drumond para seguir trabalhando com uma geração valiosa, em sua avaliação.

“Esse sub-17 é composto por duas gerações, 2004 e 2005, que eu tive a oportunidade de trabalhar ainda quando estavam no sub-14 e sub-15. Desta forma, grande parte dos atletas já são mais adaptados a nossa forma de trabalhar o que facilita muito a rotina no dia a dia. Sobretudo o 2004, é uma geração que teve a oportunidade de competir em nível nacional, com bom desempenho desde o sub-14, o que traz uma importante bagagem emocional e técnica para que eles possam ter uma boa performance no Campeonato Brasileiro. Se trata da união de duas gerações talentosas, das quais o clube espera muito”, ressaltou.

A tradição de revelar atletas no América começa cedo. Isso porque a geração 2004/2005 não conta mais com algumas promessas que deixaram o clube nos últimos anos. O atacante Mateus Lima, hoje no Flamengo, já defende a categoria sub-20 e é figura certa nas convocações da Seleção Brasileira.

Assim como o jovem rubro-negro, o lateral Samuel também acetou recentemente com o time carioca após se destacar no último Brasileirão. Por fim, o atacante Vitor Roque teve a saída mais turbulenta de todas, levando a denúncias de aliciamento e a realização de uma peneira falsa contra o Cruzeiro.

Além dos candidatos a promessas, o América se orgulha de nomes como Tostão, Euller, Gilberto Silva, Fred, Richarlison entre outros, que saíram de suas categorias de base e brilharam – e brilham- pelo mundo. Guilherme Nascimento elogiou o trabalho realizado.

“O América tem uma marca muito forte na base. Temos um DNA formador e isso pode ser atestado e comprovado pela qualidade dos jogadores revelados pelo clube nos últimos anos. A cada ano que se passa esse trabalho do departamento de base tem se estruturado cada vez mais, possibilitando o clube a formar e competir cada vez melhor”, concluiu.

DESTAQUES

Rafa. Foto: Reprodução/ Instagram

Rafa

Rafael Barcelos, ou simplesmente Rafa, é um dos atletas nascidos em 2004 que já ganharam minutos na última temporada. O volante de 17 anos está no clube desde as categorias inferiores, ficando com o vice-campeão mineiro sub-14 em 2018 – quando marcou dois gols. No Brasileirão de 2020, ele fez oito partidas, sendo titular em quatro delas, e chega a seu segundo ano na categoria como um dos destaques do meio-campo americano.

Igor Henrique. Foto: Reprodução/ Instagram

Igor Henrique

O meia Igor Henrique foi um dos talismãs do América no último Brasileirão. O jogador de 17 anos fez sete partidas, sendo três como titular em seu primeiro ano na categoria. Nas quatro em que saiu do banco, marcou gol duas vezes, sendo um dos vice-artilheiros da equipe na competição. Com passagens pelo Atlético-MG e no Coelhãozinho desde 2019, o jovem já assinou seu primeiro contrato profissional e é uma das apostas do clube para 2021.

Adyson. Foto: Reprodução/ Instagram

Adyson

Um dos jovens mais promissores da base americana, Adyson é a esperança do ataque para 2021. O jogador, que completa 16 anos só no segundo semestre, tem passagens pelas seleções de base e já fez oito partidas em seu primeiro ano na categoria sub-17, sendo três como titular. Com um gol marcado no último Brasileirão, na virada sobre o Sport, o jogador chega como um dos prodígios para a atual temporada.

 

TÉCNICO

Guilherme Nascimento. Foto: Reprodução/ Instagram

Guilherme Nascimento

O técnico Guilherme Nascimento conhece boa parte dos atletas da geração 2004 e 2005. No clube desde 2018, ele foi vice-campeão mineiro sub-14 em seu primeiro ano e passou também pelo sub-15, alcançando as semifinais do Estadual em 2019. O profissional assumiu a equipe sub-17 para 2021 depois de uma rápida passagem pelo Red Bull Bragantino e terá a missão de manter as revelações dos anos anteriores.

Auxiliar Técnico: Mairon César

Preparador Físico: Guilherme Oliveira

Treinador de Goleiros: Éverton Coelho

ÚLTIMOS RESULTADOS

O América brigou pela classificação em suas duas participações no Brasileirão, ficando a dois pontos das quartas de final em 2019 e apenas em sétimo no Grupo A de 2020. A equipe já chegou às semifinais da Copa do Brasil em 2015 e às quartas de final da Taça BH de 2018, mas não conquista o Mineiro desde 2014.

ESTREIA DEFINIDA

A CBF definiu na última terça (09) os grupos e a tabela detalhada das primeiras rodadas do Brasileirão Sub-17. O Coelhãozinho está no Grupo A, ao lado de Atlético-GO, Bahia, Botafogo, Ceará, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e São Paulo.

A equipe estreia no dia 24 de março, quarta-feira, às 15h, diante do Botafogo, no SESC Venda Nova, em Belo Horizonte.

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