Confira o Guia DaBase do Brasileirão Feminino Sub-20

O futebol feminino de base começa em 2023 com mais jogos, mais talentos em campo e uma competição ainda melhor. O Brasileirão Feminino Sub-20 tem início nesta terça (14) reunindo 20 times em um novo formato.

Brasileirão Feminino Sub-20 ganha mais datas e competitividade em 2023. Foto: DaBase

A CBF alterou o limite de idade dos torneios femininos de base após a criação dos campeonatos, em 2019. Desde o ano passado, os Brasielirões deixaram de ser sub-16 e sub-18, passando a ter como limite o sub-17 e o sub-20. E nesta temporada, a disputa ganhou mais datas:

Primeira Fase: 14 de março a 1º de junho

Quartas de Final: 07 de junho

Semifinais: 14 e 21 de junho

Final: 28 de junho

FORMATO DE DISPUTA

O novo formato do Brasileirão Feminino Sub-20 incluiu os seguintes critérios para a determinação dos participantes:

  • Oito melhores colocados do Brasileirão Feminino Sub-20 2022;
  • Dois melhores colocados no Brasileirão Feminino 2022;
  • Dez melhores clubes do Ranking Nacional da CBF, desde que eles estejam participando do Brasileirão Série A 2023;

Como diversas equipes abdicaram de duas vagas no torneio, a CBF adotou as classificações finais dos Brasileiros Femininos A1, A2 e Sub-20 de 2022 para definir os novos participantes.

Com isso, os 20 clubes restantes foram divididos de forma regionalizada em quatro grupos com cinco equipes cada. Elas se enfrentam entre as chaves (Grupo A x Grupo B, Grupo C x Grupo D), em turno e returno.

Grupo A: Atlético-MG, Coritiba, Grêmio, Internacional e Juventude;

Grupo B: América-MG, Corinthians, Ferroviária, Santos e São Paulo;

Grupo C: Botafogo, Cresspom-DF, Flamengo, Fluminense e Minas Brasília

Grupo D: Botafogo-PB, Cefama-MA, ESMAC-PA, Fortaleza e UDA-AL;

Após as dez rodadas, os dois melhores colocados de cada chave avançam  às quartas de final, que será disputada em jogos únicos no sistema 1º Geral x 8º Geral, 2º Geral x 7º Geral, e assim por diante.

Na sequência do mata-mata, as semifinais serão realizadas em partidas de ida e volta, enquanto a final será em jogo único. Tanto as quartas de final quanto a decisão serão realizadas com o mando do time de melhor campanha. Em caso de empate nos tempos normais dos duelos únicos ou de resultados iguais após as semifinais, a decisão será nos pênaltis.

HISTÓRICO 

O Brasileirão Feminino Sub-20, assim como o Sub-17, foi criado em 2019 com o intuito de alavancar o futebol feminino de base no país. Nas três primeiras edições, os torneios tiveram limites de idade mais baixos (sub-16 e sub-18).

Nas três primeiras edições, o campeonato teve sua primeira fase reduzida a duas semanas de disputa, com sede única e seis grupos de quatro times, além de uma segunda fase de grupos e semifinais e finais em mata-mata.

Principais referências na modalidade, Internacional e São Paulo são os times de mais sucesso na competição. O Colorado tem duas taças (2019 e 2022), além de um vice em 2020 e uma semifinal em 2021. Já o Tricolor foi campeão em 2021, vice em 2019 e 2022 e semifinalista em 2020.

Além disso, o Fluminense soma um título, conquistado em 2020, e o Corinthians tem um vice, em 2021. Santos (duas vezes), Iranduba, Flamengo, Ferroviária e Grêmio também já chegaram às semis.

TABELA DA 1ª RODADA

Terça (14)

15h: Flamengo x Fortaleza (Gávea, Rio de Janeiro)

Quarta (15)

10h: Minas Brasília x Botafogo-PB (Boca do Jacaré, Taguatinga)

15h: São Paulo x Grêmio (Estádio Marcelo Portugal, Cotia)

15h: Santos x Atlético-MG (CT Rei Pelé, Santos)

15h: Fluminense x ESMAC (Laranjeiras, Rio de Janeiro)

15h: Cresspom x UDA (Estádio Maria Abadia, Ceilândia)

17h: Ferroviária x Juventude (Fonte Luminosa, Araraquara)

Quinta (16)

15h: Corinthians x Internacional (Estádio Francisco Filho, Mogi das Cruzes)

15h: América-MG x Coritiba (Complexo Esportivo da PUC-MG, Belo Horizonte)

15h: Botafogo x Cefama (CEFAT, Niterói)

Confira o guia completo abaixo:

Grupo A

ATLÉTICO-MG

Destaque: Marcelle, goleira, 20 anos

Técnico: Eduardo Serafini

Histórico: As Vingadoras participaram das quatro edições do Brasileirão Sub-18 e Sub-20, com campanhas parecidas. A equipe terminou todas as disputas na segunda posição de seu grupo, liderado pelo Santos entre 2019 e 2021 e pela Ferroviária em 2022, caindo na primeira fase.

Retrospecto: O Atlético vem ampliando o investimento na modalidade, apesar de ainda não ter colhido bons resultados na base. Sem Estaduais para disputar, o time só participou do último Brasileiro Sub-17, do qual foi eliminado sem pontuar. No principal, o clube ´o atual tricampeão mineiro, foi vice do Brasileiro A2 em 2021 e segue na elite em 2023.

CORITIBA-PR

Destaque: Tayla, meia, 17 anos

Técnico: Leandro Chibior

Histórico: O Coxa fez sua estreia no Brasileirão Sub-20 em 2022, mas terminou o torneio com a pior campanha geral, sem pontuar e com um saldo negativo de 30 gols.

Retrospecto: O Coritiba iniciou seu projeto de futebol feminino somente em 2022, quando retornou à elite do masculino. Sem outros torneios de base, o clube viveu um 2022 ruim no principal, caindo na primeira fase do Brasileirão A3 e ficando em terceiro no Paranaense.

GRÊMIO-RS

Destaque: Raissa Rocha, meia, 17 anos

Técnico: Yura Titow

Histórico: As Gurias Gremistas vêm evoluindo na categoria a cada edição do torneio. Após estrear em 2020 com uma queda na primeira fase, o time só não avançou à segunda fase em 2021 devido a um gol de saldo. No ano passado, o clube alcançou as semifinais, parando no rival Internacional, que se sagrou campeão.

Retrospecto: Com uma base forte e bons trabalhos, o futebol feminino do Grêmio se consolidou na elite desde 2019, quando conquistou o acesso. Além do vice-campeonato da Supercopa do Brasil e do título gaúcho de 2022, o clube chegou às quartas do Brasileiro A1 nos últimos três anos. Na base, o Tricolor disputou todas as edições do Brasileiro Sub-17, alcançando as semifinais em 2022, e foi vice do Gauchão nas categorias sub-14, sub-16 e da Copa Gaúcha Sub-17.

INTERNACIONAL-RS

Destaque: Bárbara, meia, 19 anos

Técnico: Elvis Tórga

Histórico: As Gurias Coloradas são as principais estrelas do torneio. O clube chegou entre os quatro melhores em todas as quatro edições, faturando os títulos de 2019 e 2022, ficando com o vice em 2020 e parando nas semifinais em 2021.

Retrospecto:  A grande potência do futebol feminino de base brasileiro é o Internacional. Além de ter conquistado o tri gaúcho e ter sido finalista do último Brasileiro A1 na categoria principal, o clube soma conquistas em diversas idades e competições. Bi do Brasileiro Sub-17, o Colorado já faturou a Libertadores Sub-16, a Liga de Desenvolvimento da CBF e todos os torneios estaduais realizados pela Federação Gaúcha até hoje.

JUVENTUDE-RS

Destaque: Alice, zagueira, 20 anos

Técnico: Luciano Brandalise

Histórico: O Ju disputou as duas últimas edições do torneio e tenta superar a primeira fase pela primeira vez. Em 2021, a equipe somou apenas um ponto; no ano passado, foram duas vitórias em seis partidas.

Retrospecto: O Juventude iniciou seu projeto de futebol feminino apenas em 2021, após o acesso do time masculino à Série A. Sem sucesso no Brasileiro Sub-20 e ausente na categoria sub-17 e nas disputas estaduais, o clube alcançou as semifinais do Gauchão principal em 2022, mas não passou da primeira fase do Brasileiro A3.

Grupo B

AMÉRICA-MG

Destaque: Thayná, atacante, 20 anos

Técnica: Talita de Oliveira

Histórico: O clube participou das edições de 2021 e 2022 do torneio, caindo na primeira fase em ambas. A equipe foi segunda colocada do seu grupo na estreia e ficou em terceiro no ano passado.

Retrospecto: Com um projeto mais duradouro, o América ainda busca se consolidar na elite do futebol feminino brasileiro. Na base, o time só participou do Brasileiro Sub-20; no principal, a equipe já chegou perto do acesso, mas segue disputando a A2. Além disso, o clube foi campeão mineiro e da Copa BH em 2018 e vice nas duas edições seguintes.

CORINTHIANS-SP

Destaque: Jhonson, atacante, 17 anos

Técnica: Thaissan Passos

Histórico: Presente em todas as edições do Brasileirão, as Brabinhas do Timão caíram na primeira fase em 2019 e 2020, mas surpreenderam ao chegar à final e ficar com o vice-campeonato em 2021. No ano passado, o time alcançou a segunda fase.

Retrospecto: Maior clube brasileiro da modalidade, o Corinthians tenta replicar o investimento e o sucesso do time principal nas categorias de base. Campeão brasileiro sub-17 em 2021, o time já foi vice paulista sub-17 e sub-14, além de semifinalista no Estadual Sub-20 de 2022, buscando alcançar feitos como o tricampeonato brasileiro e o bi da Supercopa do Brasil, das profissionais.

FERROVIÁRIA-SP

Destaque: Grazy, zagueira, 17 anos

Técnico: Júlia Passero

Histórico: As Guerreirihas Grenás vêm rondando as finais do torneio. Após cair na primeira fase em 2019, o time chegou à segunda fase em 2020, às semifinais em 2021 e novamente parou na segunda fase do ano passado.

Retrospecto: A Ferroviária tem um dos projetos de futebol feminino mais consolidados do país. No principal, o clube soma os títulos do Brasileiro A1, da Libertadores e do Paulistão; na base, as Guerreiras Grenás foram semifinalistas no Brasileiro Sub-17 de 2019, vice do Paulistão Sub-17 em 2020 e 2022 e campeãs da Liga de Desenvolvimento da CBF de 2021 e dos Estaduais Sub-14, Sub-15 e Sub-20 do ano passado.

SANTOS-SP

Destaque: Isa Viana, atacante, 17 anos

Técnica: Thais Cavalcanti

Histórico: As Sereinhas da Vila estão sempre rpesentes nas fases decisivas do torneio. A equipe chegou às semifinais nas duas primeiras edições, em 2019 e 2020, e pararam na segunda fase de 2021 e 2022.

Retrospecto: Tradicional no futebol feminino, o Santos segue fazendo boas campanhas na base, apesar de sentir uma queda no principal. O time não conquista títulos desde o Paulistão de 2018 e a Copa Paulista de 2020, o time tenta levantar taças na base. O Peixe foi vice do Brasileiro Sub-17 em 2019 e 2022, semifinalista do Estadual Sub-20 em 2022 e tem como grande conquista o Paulista Sub-17 de 2020, após um vice no ano anterior e duas semifinais nas temporadas seguintes..

SÃO PAULO-SP

Destaque:  Ana Júlia, meia, 17 anos

Técnico: Douglas Matsumoto

Histórico: As Soberaninhas também tem histórico altamente vencedor no Brasileirão Sub-18 e Sub-20. Campeão em 2021, o time soma os vices de 2019 e 2022, ambos para o Internacional, e as semifinais de 2020.

Retrospecto: O São Paulo é outra grande potência do futebol feminino de base e inspira a equipe principal, que após ser campeã do Brasileiro A2 em 2019, chegou a todos os mata-matas do Brasileiro A1 e bateu na trave dos torneios estaduais, mas sem títulos. Já a base soma o título nacional sub-17 de 2019 e três quedas em sequência nas semifinais, além do vice paulista sub-20 de 2022 e de cinco conquistas em seis edições realizadas do Estadual Sub-17;

Grupo C

BOTAFOGO-RJ

Destaque: Raiani, zagueira, 19 anos

Técnico: Léo Goulart

Histórico: Ausente apenas em 2021, as Gloriosas disputaram três edições do torneio e ainda tentam superar a primeira fase. Em 2019 e 2022, o time chegou à vice-liderança de seu grupo, mas não conseguiu a classificação.

Retrospecto: O Botafogo vem de altos e baixos na modalidade, mas com conquistas importantes para alavancar o projeto. Se na base, o time foi campeão carioca sub-20 em 2022, a equipe principal também levantou o Estadual no ano passado, assim como em 2020, além de ter sido vice do Brasileiro A2 em 2020, mas voltado à segunda divisão no ano seguinte.

CRESSPOM-DF

Destaque: Thainã, atacante, 20 anos

Técnico: Sidney Resende

Histórico: As Tigresas fizeram sua estreia no Brasileirão Sub-20 em 2022, quando venceram duas partidas, empataram uma e perderam três, caindo na primeira fase com a terceira posição de seu grupo.

Retrospecto: O Cresspom ainda é novato nas categorias de base, tendo disputado apenas o Brasileiro Sub-17 de 2022, mas tem mantido a regularidade com seu time principal. Semifinalista nas últimas edições do Candango, o clube subiu à elite nacional em 2021, mas caiu após ser o lanterna do Brasileiro A1 do ano passado.

FLAMENGO-RJ

Destaque: Mariana Fernandes, atacante, 18 anos

Técnico: Celso Silva

Histórico: As Garotas do Ninho têm boas campanhas no histórico do torneio. Após chegar à segunda fase nas três primeiras edições, entre 2019 e 2021, o time avançou e só caiu nas semifinais, no ano passado.

Retrospecto: O Flamengo tenta melhorar seus resultados nos torneios de base e principal da modalidade. Se as jovens não superaram a primeira fase do Brasileiro Sub-17 em suas duas participações, ficaram nas semifinais do Carioca Sub-20 e com o vice do Estadual Sub-17, as adultas tem no currículo um título brasileiro em 2016, quatro conquistas no Carioca entre 2016 e 2021 e o vice da Supercopa do Brasil do ano passado.

FLUMINENSE-RJ

Destaque: Duda Cerqueira, meia, 17 anos

Técnico: Paulo César

Histórico: As Molecas de Xerém são as únicas a quebrarem a hegemonia tricolor e colorada no torneio, conquistando o título em 2020. Além disso, o time chegou à segunda fase em 2019 e 2021 e só parou na primeira fase do ano passado devido ao saldo de gols.

Retrospecto: Com um projeto recente na modalidade, o Fluminense tem batido na trave no principal. O time foi vice do Carioca por três anos seguidos e ainda não superou as oitavas do Brasileiro A2. A esperança está na base, já que o Tricolor foi campeão carioca sub-17 e vice sub-20 em 2022.

MINAS BRASÍLIA-DF

Destaque: Milena Mendes, volante, 19 anos

Técnico: Davih Rodrigues

Histórico: As Mini Minas superaram a primeira fase pela primeira vez no ano passado. Após três quedas consecutivas, a equipe avançou à segunda fase em 2022, mas ainda busca atingir as semifinais.

Retrospecto: Projeto voltado para o futebol feminino, o Minas Brasília passou por transformações, mas segue com campanhas regulares na modalidade. Na base, o clube foi vice-campeão brasileiro sub-17 em 2020 e semifinalista na edição seguinte. No principal, o clube foi campeão do Brasileiro A2 em 2018, voltou à Segunda Divisão em 2021 e tenta reconquistar o Estadual após o título em 2018 e vices nos últimos anos.

Grupo D

BOTAFOGO-PB

Destaque: Andressa Kewren, meia, 18 anos

Técnica: Gleide Costa

Histórico: O Belo fez sua estreia no Brasileirão Sub-20 em 2022, quando caiu na primeira fase após uma vitória, um empate e quatro derrotas.

Retrospecto: O Botafogo vem com um projeto consolidado regionalmente na modalidade, mas que ainda busca dar um salto nacional. Enquanto a base começa sua caminhada com a categoria sub-20, o time principal foi campeão paraibano em 2018 e 2020, vice em 2021 e vem disputando o Brasileiro A2 nos últimos anos.

CEFAMA-MA

Destaque: Carolzinha, meia, 19 anos

Técnico: Ary Ferreira

Histórico: O clube disputará o Brasileirão Sub-20 pela primeira vez.

Retrospecto: Novidade no cenário de base do futebol feminino, o Cefama vem de um título maranhense com o time principal em 2021 e uma queda na segunda fase no ano passado, além de duas participações no Brasileiro A2, mas sem sucesso.

ESMAC-PA

Destaque: Vanuza, meia-atacante, 16 anos

Técnico: Fábio Duarte

Histórico: O clube fez sua estreia no torneio em 2022, caindo na primeira fase com uma vitória, três empates e duas derrotas.

Retrospecto: A ESMAC tem sido o grande destaque do futebol feminino do Norte nos últimos anos. Vice-campeão paraense sub-20 em 2022, o time conquistou o acesso à elite nacional principal em 2021, mas acabou rebaixado no ano passado, após também disputar a Supercopa do Brasil.

FORTALEZA-CE

Destaque: Isabelle, atacante. 18 anos

Técnico: Igor Cearense

Histórico: As Leoas já disputaram três vezes o Brasileirão, mas ainda buscam sua primeira classificação. A equipe chegou a ser vice-líder do seu grupo na estreia, em 2020, mas não conseguiu a vaga.

Retrospecto: O Fortaleza vem se firmando como força no cenário regional da modalidade e ainda tenta dar o salto à elite. Enquanto a base vem disputando as últimas edições do Brasileiro Sub-20, o time principal foi campeão cearense em 2020 e 2022 e vice em 2021, além de bater na trave nas últimas três edições do Brasileiro A2, tentando o acesso.

UDA-AL

Destaque: Laura, lateral-direita, 18 anos

Técnico: Pablo Rizza

Histórico: O clube fará a sua estreia no Brasileirão Sub-20.

Retrospecto: Fundada recentemente, a UDA tem sido o grande destaque de Alagoas no futebol feminino. Novidade na base, o clube foi campeão estadual principal em 2018 e 2022, além de ter disputado todas as últimas edições do Brasileiro A2 e buscar o acesso.

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