Confira o Guia DaBase do Brasileirão Feminino Sub-17 2022

A primeira edição do Brasileirão Feminino Sub-17 começa nesta quarta (12) prometendo dar um novo passo rumo ao desenvolvimento da modalidade no Brasil. Com o mesmo formato da categoria sub-16, mas com mais datas e estreantes, o torneio abrirá o calendário competitivo do futebol feminino de base.

O campeonato será disputado em formato de bolha, no Estádio Gabriel Marques Silva, na cidade paulista de Santana de Parnaíba. Com jogos a cada dois dias, a competição será de tiro curto, com as seguintes datas
Primeira Fase: 13, 15 e 17 de abril
Semifinais: 20 e 23 de abril
Finais: 27 e 30 de abril
FORMATO DE DISPUTA
O Brasileirão Feminino Sub-17 seguirá um formato parecido com o das edições sub-16 realizadas nos anos anteriores. As quatro melhores equipes do último Brasileirão Feminino Sub-16 e as oito primeiras colocadas do Brasileirão Feminino A-1 de 2021 foram convidadas para a disputa. Com a desistência de algumas equipes – como Palmeiras e Avaí/Kindermann, os times que ocuparam as posições subsequentes da elite nacional foram chamados, chegando até aos semifinalistas da A-2, Cresspom e ESMAC.
Os doze clubes foram divididos em três grupos com quatro times cada. Na primeira fase, eles se enfrentam dentro de suas chaves, em turno único. O líder de cada grupo e o melhor segundo colocado geral avançam ao mata-mata.
Nas semifinais, o melhor time da primeira fase pegará o melhor segundo colocado, enquanto o segundo e o terceiro melhores se enfrentam. Os duelos serão em ida e volta, assim como as finais – diferentemente das últimas edições da categoria asub-16, decidida em jogo único. Em caso de empate nos pontos ganhos e saldo de gols, a decisão vai para os pênaltis.
Grupo A: Corinthians, ESMAC, Minas Brasília e Santos
Grupo B: Cresspom, Grêmio, Internacional e São José-SP
Grupo C: Atlético-MG, Ferroviária, Grêmio e São Paulo
HISTÓRICO
Essa será a primeira edição do Brasileirão Feminino Sub-17. A categoria foi criada pela CBF para elevar a idade de formação das atletas, passando também o campeonato sub-18 para sub-20.
Ainda com o limite sub-16, o Brasileirão foi disputado em três oportunidades. A primeira edição, em 2019, teve o São Paulo como campeão. O Tricolor venceu quatro jogos e perdeu apenas um, na primeira fase. Foram onze gols marcados e apenas dois sofridos, consolidando a melhor defesa do campeonato. Na decisão, o time derrotou o Santos. O terceiro lugar ficou com a Ferroviária, que bateu o Vitória nos pênaltis.
A edição de 2020 foi prejudicada pela pandemia, começando apenas em dezembro. O campeão foi o Internacional, que venceu quatro partidas e empatou uma – nas semifinais, passando pelo Santos nos pênaltis. O título invicto teve onze gols marcados e apenas um sofrido, melhor ataque ao lado do Minas Brasília, vice-campeão, e melhor defesa isolada. O São Paulo ficou com o terceiro lugar.
Por fim, em 2022, o Corinthians conquistou a taça. Foram duas vitórias e três empates – dois deles no mata-mata, passando por Minas Brasília, nas semifinais, e Internacional, na decisão, nos pênaltis. Foram sete gols marcados e apenas dois sofridos. Também nas penalidades, o São Paulo ficou com a terceira posição.
TABELA DA 1ª RODADA
08h30: Ferroviária x Atlético-MG
10h30: São Paulo x Flamengo
14h: Grêmio x São José-SP
16h: Internacional x Cresspom
18h30: ESMAC x Santos
20h30: Corinthians x Minas Brasília
Confira o guia completo abaixo:
Grupo A
CORINTHIANS
Destaque: Manu Olivan, lateral-esquerda, 16 anos
Técnica: Thaissan Passos
Histórico: O Corinthians disputou duas das três edições do Brasileiro Sub-16. Após cair na primeira fase em 2019, o clube se ausentou em 2020, mas voltou em grande estilo no ano passado, conquistando o título ao bater o Internacional na decisão
Retrospecto: Maior referência da modalidade no profissional, as Brabinhas do Timão vêm crescendo na base. Após duas campanhas ruins, a equipe sub-18 chegou ao vice-campeonato brasileiro em 2021, assim como no Paulista Sub-17, perdendo ambas as decisões para o São Paulo

“A gente vem fazendo um trabalho progressivo durante esses quase dois meses, em que a gente teve que ir preparando e criando um corpo. Trabalhamos muito forte dentro do nosso elenco, trouxemos peças importantes para compor. Dentro do que planejamos e construímos, foi uma boa preparação, estamos preparados para o torneio. Agora é buscar degrau por degrau, sempre com humildade, para chegar o mais longe possível. Espero que seja a final, pois essas meninas merecem” – Thaissan Passos.

ESMAC
Destaque: Rebeca, atacante, 16 anos
Técnica: Ellen Samila
Histórico: S ESMAC vai para a sua segunda participação no Brasileirão Sub-17. Em 2020, ainda na categoria sub-16, a quipe caiu na primeira fase, sem pontuar
Retrospecto: Tradicional clube de futebol feminino do Pará, a ESMAC já conquistou o título estadual profissional seis vezes, além de ter subido para a elite nacional nesta temporada

“Nossa expectativa para a competição é de bastante ansiedade. Estamos fazendo um trabalho durante a semana, tivemos uma mudança como toda a instituição, teremos uma equipe técnica somente de mulheres. Tivemos uma semana intensa de trabalho, vamos chegar lá e mostrar o potencial que nós temos, um trabalho bem executado de toda a equipe, e contamos com a torcida de todos que são ESMAC” – Ellen Samila.

MINAS BRASÍLIA
Destaque: Maria Vitória, atacante, 15 anos
Técnica: Ana Paula Malmonge
Histórico: O Minas Brasília tem bons números na história do Brasileirão da categoria. O clube estreou em 2020 com um vice-campeonato, perdendo a decisão para o Internacional, e parou nas semifinais no ano passado
Retrospecto: Consolidado como uma das forças do futebol feminino do Distrito Federal, onde foi tricampeão estadual entre 2016 e 3018, as Mini Minas também têm participações regulares na base. A equipe disputou todas as edições do Brasileiro Sub-18, mas caiu sempre na primeira fase, Além disso, a equipe principal já foi campeã do Brasileiro A2, em 2018

“A preparação está muito intensa com treinos, amistosos e momentos de muita exigência das atletas, sempre com nosso objetivo de fazer bons jogos e chegar à final sendo lembrando. A equipe está mais madura, mais competitiva e sempre com trocas incríveis. Nosso objetivo será um de cada vez, cada jogo um final, como sempre dizemos. Com isso nossa expectativa está muito boa em relação a uma boa competição, temos atletas experientes que já vêm com uma bagagem muito boa e algumas meninas que cresceram muito com o processo de subida de categoria. Estamos animadas e felizes, sempre uma honra representar o Minas Brasília com uma comissão e atletas que estão em tanta sintonia” – Ana Paula Malmonge.

SANTOS
Destaque: Bárbara Cuzzuol, lateral-direita, 16 anos
Técnica: Sandra Santos
Histórico: O Santos vem chegando perto do título nas últimas edições. Apesar da queda na primeira fase em 2021, o clube foi vice-campeão em 2019, perdendo a final para o São Paulo, e semifinalista no ano seguinte
Retrospecto: Enquanto as Sereias da Vila brilham no profissional, as Sereinhas buscam uma conquista nacional na base. A equipe foi semifinalista do Brasileiro Sub-18 em 2019 e 2020, caiu na segunda fase em 2021 e foi vice da Liga de Desenvolvimento Sub-16, também no ano passado. No Paulistão Sub-17, porém, o Santos quebrou a hegemonia são-paulina e levou o título em 2020, além de ter sido vice em 2019 e parado nas semifinais no ano passado

“A gente tem um processo natural de renovação, em que algumas atletas sobem para o profissional, outras têm experiência na seleção. Começamos o ano buscando renovação e continuidade para quem atingiu um nível de experiência satisfatório, tanto ela com ela, ela com o clube e sua projeção de carreira. Buscamos aumentar o nível técnico de quem está chegando, já que vamos para um segundo ano de trabalho. Buscar atletas que sejam novas no elenco, mas já com um nível técnico que possa alavancar o time. Uma renovação com ênfase no nível técnico, entendimento e inteligência de jogo, formação de carreira como personalidade. Aumentamos o funil para as meninas, e para a gente, é aumentar o sarrafo, apresentar um nível acima do ano passado” – Sandra Santos.

Grupo B
CRESSPOM
Destaque: Alice, meia-atacante, 14 anos
Técnico: Sidney Rezende
Histórico: O CRESSPOM é um dos estreantes no torneio
Retrospecto: Essa será a primeira competição de base nacional do time candango, que conquistou a vaga graças ao desempenho das profissionais. O clube, dono de sete títulos estaduais no Distrito Federal, conquistou o acesso à elite nacional em 2021

“Esperamos fazer uma ótima competição levando o futebol feminino de base ao seu mais alto nível. Que possamos fazer história por ser a primeira competição em alto rendimento das nossas atletas. O nosso time está com a idade mais baixa que as outras equipes, pois a maioria tem entre 14 e 15 anos, mas esperamos que o time do Cresspom possa ir o mais longe possível na competição” – Sidney Rezende.

GRÊMIO
Destaque: Carol Quaresma, zagueira, 16 anos
Técnica: Luiza Loy
Histórico: Presente em todas as edições do Brasileiro Sub-16, o Grêmio vem melhorando ano a ano seus resultados. Apesar de ter caído na primeira fase em todas as temporadas, a equipe só não avançou em 2021 devido à campanhas melhores de outros segundos colocados
Retrospecto: Consolidado na elite nacional entre as profissionais, as Gurias Gremistas também têm crescido em outros torneios. No Brasileiro Sub-18, a equipe caiu na primeira fase em 2020 e ficou fora da segunda fase em 2021 devido aos critérios de desempate, além de ter sido semifinalista na Liga de Desenvolvimento Sub-14 2021. No estado, o time foi vice nas categorias sub-16 e sub-14 em 2019 e sub-17 no ano passado

“A expectativa para a competição é positiva, temos um grupo jovem, mas experiente, que já vem jogando junto há um tempo e em outros torneios. Estamos desde o final de fevereiro focados e nos preparando para o Brasileiro, um ponto positivo é que toda essa preparação com as gurias já foi realizada em gramado sintético, antes mesmo de sabermos onde aconteceria o campeonato. Não tenho dúvidas de que elas estão prontas e darão seu melhor. O objetivo é ter uma melhor campanha, em comparação aos campeonatos anteriores e, claro, buscar a classificação e o título” – Luiza Loy.

INTERNACIONAL
Destaque: Guta, zagueira, 16 anos
Técnico: David da Silva
Histórico: O Internacional é o único time a chegar a duas finais do Brasileiro Sub-16. Após cair na primeira fase em 2019, a equipe foi campeã em 2020, batendo o Minas Brasília na decisão, e vice no ano passado, perdendo a final para o São Paulo
Retrospecto: As Gurias Coloradas são uma das maiores forças na base feminina nacional. Campeão de tudo no Rio Grande do Sul, o clube também levou o Brasileiro Sub-18 de 2019, competição na qual foi vice em 2020 e semifinalista no ano passado. Além disso, o Inter já venceu as Ligas de Desenvolvimento Sub-16 (2019) e Sub-14 (2021) e a Libertadores Sub-16 (2020)

“As expectativas são as melhores possíveis. O Internacional entra em todos os campeonatos em busca do título. Caímos em um grupo com equipes de qualidade, vamos nos preocupar primeiro em conseguir a classificação, é um campeonato de tiro curto, precisamos ter atenção nos mínimos detalhes e fazer valer o nosso trabalho nos momentos decisivos. Temos um time que vem treinando junto e jogando bem, confiamos que as nossas atletas vão fazer um bom campeonato” – David da Silva.

SÃO JOSÉ-SP
Destaque: Rayane, meia, 15 anos
Técnico: Lucas Almeida
Histórico: O São José disputou duas das três edições do Brasileiro Sub-16, mas caiu na primeira fase em ambas (2019 e 2021)
Retrospecto: Duas vezes vice-campeão nacional entre as profissionais, o clube se segurou na elite em 2021. Já na base, as Águias nunca disputaram o Brasileiro Sub-18, mas já fizeram duas boas campanhas no Paulista Sub-17, sendo vice em 2017 e semifinalista em 2018

“A expectativa é conseguir fazer uma boa competição, ter uma campanha melhor do que a do ano passado. Para isso, precisamos estar bem concentrados desde o primeiro minuto da partida, pois temos adversários fortes e qualificados pela frente. Tivemos uma pequena mudança do elenco do ano passado para esse, o que é um processo natural. Mas conseguimos manter uma base importante. Com isso, foi possível manter alguns conceitos de jogo e acrescentar outros, melhorar alguns pontos que eram necessários e continuar fazendo bem o que já vinha sendo feito. Fizemos boas sessões de treinamentos, as atletas estão confiantes e em busca do mesmo objetivo” – Lucas Almeida.

Grupo C
ATLÉTICO-MG
Destaque: NOME POSIÇÃO IDADE
Técnica: Bárbara Bepler
Histórico: O Atlético é outro estreante no Brasileiro da categoria
Retrospecto: Recém-promovido à elite nacional, as Vingadoras têm participado com frequência do Brasileiro Sub-18. A equipe disputou todas as edições do torneio, mas sempre ficou na segunda posição de seu grupo e não avançou de fase

“Esperamos, antes de qualquer coisa, representar bem o Clube Atlético Mineiro e toda a sua grandeza. Além disso, esperamos e objetivamos dar mais um passo adiante na consolidação do nosso projeto de base tanto no cenário mineiro, visto que seremos o único representante do estado neste Sub17, quanto no cenário nacional. Enfrentaremos três grandes equipes na primeira fase, dentre elas a Ferroviária e São Paulo que hoje são base da nossa seleção brasileira sub17 e o Flamengo, que vem investindo forte no feminino. Sabemos do desafio gigante de enfrentá-las logo na nossa primeira competição do ano e nesta categoria, mas objetivamos fazer bons jogos, competir em alto nível e mesmo com o pouco tempo de preparação, mostrar o trabalho que vem sendo construído diariamente com essas meninas que estão em formação” – Bárbara Bepler.

FERROVIÁRIA
Destaque: Ana Grazy, zagueira, 16 anos
Técnica: Júlia Passero
Histórico: A Ferroviária disputou todas as três edições do Brasileiro Sub-16. A equipe chegou às semifinais em 2019, mas não conseguiu superar a primeira fase nos anos seguintes
Retrospecto: Bicampeã nacional e da Libertadores, as Guerreirinhas Grenás tentam repetir o desempenho das profissionais. O clube chegou às semifinais do Brasileiro Sub-18 e foi campeão da Liga de Desenvolvimento Sub-16 em 2021, além de parar nas semifinais na categoria sub-14. No Paulista Sub-17, a equipe já foi vice em 2020 e caiu nas semifinais em 2018, 2019 e 2021

“Nosso grupo é muito forte, não tem grupo fácil. Temos o Atlético-MG estreando, um jogo de manhã, que não estamos acostumadas a jogar. Esperamos que todas as equipes venham preparadas para jogar com a gente, justamente pelos nossos resultados no ano passado. Esperamos um jogo pegado com o Flamengo na segunda rodada, na medida do possível as equipes se conhecem. E também tem um clássico da base contra o São Paulo, tivemos muitos confrontos no ano passado, eu e o Thiago Viana, conhecemos a equipe deles e eles nos conhecem” – Júlia Passero.

FLAMENGO
Destaque: Mariana Fernandes, atacante, 17 anos
Técnico: Celso Silva
Histórico: O Flamengo volta a disputar o Brasileiro após estrear na categoria sub-16 em 2019, quando caiu na primeira fase, e se ausentar nos últimos dois anos
Retrospecto: O clube vem investindo cada vez mais na modalidade, tentando ser uma força entre as profissionais. Na base, não é diferente. As Garotas do Ninho chegaram à segunda fase nas três edições do Brasileiro Sub-18, além de somarem um vice-campeonato carioca na categoria em 2021

“Entendemos que não é o momento de estabelecer metas nessa idade pensando unicamente no resultado final. Temos objetivos como atingir metas em conteúdo, formação de caráter, da atleta como um todo, para que lá na frente elas cheguem na melhor forma no profissional. Mas óbvio que, por se tratar de um clube grande, de proporção mundial, queremos formar boas pessoas com valores, para estourar no profissional, mas se pudermos formá-las como vencedoras, será a cereja do bolo. Visamos a classificação ao mata-mata, o que já seria um passo muito grande, tendo em vista os bons adversários do nosso grupo” – Celso Silva.

SÃO PAULO
Destaque: Duda Rodrigues, atacante, 16 anos
Técnico: Thiago Viana
Histórico: O São Paulo é o único clube a avançar de fase em todas as edições do Brasileiro Sub-16. Campeão em 2019, o time parou nas semifinais nos dois últimos anos
Retrospecto: O Tricolor tem sido o clube que melhor utiliza a base para servir a equipe profissional. Hegemônicas no Paulista Sub-17 com quatro títulos em cinco edições (2017, 2018, 2019 e 2021), as Soberaninhas foram campeãs brasileiras sub-18 no ano passado, além de vices em 2019 e semifinalistas em 2020, além de pararem nas semis da Liga de Desenvolvimento Sub-16 na última temporada

“Muito feliz de voltar a competir em um torneio nacional, o calendário voltou ao que era antes a pandemia e podemos ter competição o ano inteiro. Porém, sem dúvidas, o Brasileiro Sub-17 é o mais difícil da temporada. De quatro grupos passam apenas os campeões e o melhor segundo. Caímos, na minha visão, no grupo mais difícil, com grandes camisas, Atlético-MG, Flamengo e a Ferroviária, que ganhou a Liga de Desenvolvimento no ano passado e vem como um das favoritas ao título. É difícil, complicado, mas a gente se preparou da melhor forma para fazermos nosso trabalho e passarmos de fase, que é nosso objetivo” – Thiago Viana.
