Alimentação na pandemia: nutricionista explica trabalho com atletas do Jabaquara-SP

Um dos maiores desafios para os atletas das categorias de base durante a pandemia do novo coronavírus é manter a forma física. Um dos aspectos fundamentais para que isso aconteça é a manutenção de uma alimentação saudável, sem que ela se torne um fardo para os jovens. E o Jabaquara-SP vem trabalhando nesse sentido.

Thaís Conzo fazia reuniões frequentes com os atletas antes da pandemia. Foto: Divulgação/ D. Aquino Sports

A nutricionista Thaís Conzo, que atua no clube gerido pela empresa D. Aquino Sports, explicou seu trabalho remoto com os atletas base. Ela detalhou as medidas adotadas desde o início da interrupção das atividades.

“Assim que os atletas foram dispensados devido à pandemia, enviei um e-book para todas as categorias com dicas alimentares e sugestões de cardápios. Vou orientando de acordo com o objetivo de cada atleta, mas de um modo geral pedi que eles fizessem a alimentação com base em comida de verdade: arroz, feijão, carnes, raízes, verduras, legumes e frutas. Lembrei da importância da hidratação nesse processo e, principalmente, dos alimentos que fortalecem nosso sistema imune”, disse.

Mas para Thaís, não basta cuidar da alimentação. É preciso se atentar para a saúde mental dos atletas. Com isso, ela comenta que há uma flexibilização e bastante diálogo com os meninos para conduzir da melhor forma a situação.

“Recebo fotos dos pratos das refeições diariamente (café da manhã, almoço e jantar) e através deles vou dando orientações. Às vezes brinco: ‘tem gente me devendo um verde nesse prato, hein?’ e aí na próxima refeição vem a foto do prato com a resposta: ‘olha o verde que você me pediu, nutri!'”

“Além disso, sempre libero uma refeição gostosa para os meninos. Acho importante para o equilíbrio de uma alimentação saudável, tanto por serem atletas quanto por saúde mental em meio a tudo isso que estamos vivendo”, justificou.

A base do Jabaquara está afastada dos gramados desde maro, quando o futebol foi paralisado. Desde então, os jovens vêm fazendo treinos remotos coordenados pelas comissões técnicas de cada categoria. Mesmo com os trabalhos individuais, a nutricionista acredita que os jovens podem ter uma defasagem na balança após a volta às atividades.

“Em breve completaremos 120 dias com os atletas em casa. Mesmo com todo o acompanhamento de treinos e rotina alimentar, sabemos que o gasto energético deles é menor. Por isso, já montamos nossa programação para o retorno dos atletas e, inclusive, para trabalhar o que for necessário em relação a eventual ganho ou perda de peso”, finalizou.

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