Time de transição do Atlético-MG passará por ciclos e rodízio de atletas

O Atlético-MG adotou uma nova metodologia de trabalho para a equipe de transição desde o retorno das atividades, em junho. Com a volta das categorias sub-17, nessa terça, esub-20, no dia 11 de agosto, a equipe passará por um rodízio de atletas através de ciclos de observação.

O time, comandado por Leandro Zago e coordenado por Leonardo Silva, vem trabalhando como “sparring” para a equipe profissional, no qual Jorge Sampaoli utiliza os jovens para simular o comportamento dos adversários. Com o rodízio de atletas,será possível observar mais jovens, como explica Júnior Chávare, coordenador das categorias de base do clube.
“Entramos em uma nova etapa. Vão haver ciclos em que alguns jogadores da transição passam pro sub-20, jogadores do sub-20 passam pra transição, pra que a gente consiga girar praticamente todos os atletas da base, pra que a comissão técnica do Sampaoli veja todos, independentemente da idade. Ao mesmo tempo, a gente permite que esses jogadores que estavam ali na transição possam fazer alguns jogos, ganhar minutagem (no sub-20). Depois, num novo ciclo, esses jogadores voltam pra transição, outros vão pro sub-20. Vamos fazer esse mix até o fim de fevereiro”, disse em entrevista ao GE.
“Vão ser ciclos. “Nos próximos 30 dias, essa equipe joga o sub-20, essa equipe fica no transição”. Depois, alternam. Vamos fazer com que os jogadores, ao mesmo tempo, ganhem minutagem e sejam observados pela comissão técnica principal. Vai ser um elenco que vai rodar. Já começou a primeira rodagem. Esse ciclo vai até o fim de novembro. A partir de dezembro, fazemos um novo giro, assim por diante. Na nossa conta, vamos fazer três ciclos (até o fim do Brasileiro), o que vai permitir observar todos os atletas da base na transição. E, ao mesmo tempo, dar minutagem pros atletas”
Chávare apontou que algumas dificuldades podem ser observadas nas competições, mas que a prioridade é servir o time principal.
“Pode ser que a gente perca um pouco de entrosamento, pode ser que os melhores jogadores estejam no profissional por um período, e isso nunca vai ser dúvida entre nós. A equipe principal precisa do jogador? Pode ser semifinal do Brasileiro sub-20, mas, na dúvida, (o jogador) vai atender o principal. Sempre o principal vai ser atendido primeiro”, explicou.
“É importante a gente entender que temos que recuperar o tempo perdido. Você recupera fazendo a maior avaliação possível, permitindo que a comissão técnica do profissional avalie todos os atletas disponíveis, e estamos falando de atletas desde o sub-17”, acrescentou Chávare.
O Atlético terá calendário cheio para o restante da temporada. As equipes sub-17 e sub-20 disputarão o Brasileirão e a Copa do Brasil de ambas as categorias. O time de transição também poderá participar do Brasileirão de Aspirantes.